Sinceridade e Simplicidade

Como é maravilhoso o trabalhar de Deus em nossas vidas. Quando paramos um pouquinho apenas, podemos sentir sua bondade e misericórdia (a essência da glória de Deus) inundando o nosso ser e ministrando ao nosso homem interior.

Enquanto estou em Rio Claro, interior de São Paulo, na casa da minha irmã, aguardando a chegada do João Gabriel, tenho sido consolada, confortada e ensinada pelo Espírito Santo. Tive a oportunidade de participar de um culto na IEQ sede daqui do Rev. Adolfo Sarmento (pai na fé dos nossos pastores) onde ouvi uma ilustração que falou muito forte ao meu coração e me emocionou bastante. Deixo, então, para vocês e que possa abençoá-los da mesma maneira.

"Havia uma senhora muito pobre que morava na zona rural. Sua filhinha estava muito doente e ia de mal a pior, já não podendo andar devido a sua enfermidade. Essa mulher não possuia recursos para aliviar a dor da sua filha. Um dia, porém, diante do sofrimento daquela criança, decidiu ir à cidade a procura de alguém que pudesse ajudá-la.

Era uma longa caminhada. No caminho, começou a ouvir o som de vozes femininas vindo de uma casa onde mulheres de joelhos faziam suas orações. A mulher foi atraída àquele lugar, pois pensava que talvez alguém ali pudesse ajudá-la. A senhora foi recepcionada pelas demais que disseram que a única coisa que poderiam fazer era orar, mas que Deus com certeza faria o milagre.

As vozes do grupo levantaram-se novamente, porém logo cessaram. A oração da senhora não era nada convencional e roubou a atenção das irmãs. Ela orava assim:

'Jesus, minha filhinha está muito doente e com tanta dor que não consegue nem andar. Essas mulheres disseram que se eu te pedisse você podia ir na minha casa e curar a minha menina. A minha casa fica bem longe. O Senhor precisa passar perto de uns bambuzais, mas tomo cuidado com os cachorros porque eles avançam nas pessoas. Mais adiante tem uma ladeira. Cuidado que há um trecho onde atola muito, se acaso o Senhor for de carro. Segue adiante. Minha casa é bem humilde, branca, com janelinhas de madeira. O Senhor pode chegar, pegar a chave que fica debaixo do tapete vermelho, abrir a porta, curar minha filha que está na cama e ir embora. Mas, por favor, não esqueça de deixar a chave debaixo do tapete. Eu agradeço muito por isso.'

Como havia passado muito tempo ali, voltou para sua casa deixando para trás um grupo de irmãs extremamente preocupadas com a ingenuidade da pobre senhora, afirmando que, com certeza, ela precisava conhecer mais da Bíblia - 'Coitada!'

Ao abrir a porta de sua casa, sua filha veio correndo e gritando ao seu encontro. A mulher surpresa perguntou o que havia acontecido. 'Sabe, mamãe, eu ouvi um barulho na porta e pensei que fosse a senhora. De repente, entrou um homem vestido de branco, muito bonito e bem alto com um sorriso no rosto. Ele me abraçou e me colocou de pé. Eu não senti nenhuma dor e então, ele saiu, mas me pediu pra te dizer que deixou a chave onde estava, debaixo do tapete vermelho'."

Essa ilustração trouxe-me a memória a passagem do fariseu e o publicano registrada em Lucas 18:9-17 exortando-nos sobre a sinceridade. O mais interessante é que essa passagem termina com Jesus afirmando que qualquer um que não receber o Reino de Deus como uma criança (com sinceridade, simplicidade e pureza) de maneira nenhuma entrará nele.

Não sei sobre você, mas eu tenho muito a aprender. Graças a Deus que não desiste de nós e deu-nos o Seu Espírito para ensinar-nos mais acerca do Pai.

Em Cristo,
Pra. Débora.